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   SPORT CLUB PRAIENSE é a filial nº 1 do FUTEBOL CLUBE BARREIRENSE

F.C.B

 

 

 

 

No já longínquo ano de 1947, a então Vila da Praia da Vitória não tinha qualquer colectividade desportiva, uma vez que já haviam encerrado os três Clubes anteriormente existentes: o Santa Cruz Sport Club, o Futebol Club 11 de Agosto - conhecido como “O Rasga” - e o União Operária Praiense. Como a prática Associativa do Futebol estava em grande expansão em Angra do Heroísmo, a juventude da Praia sentia a frustração de não poder desenvolver de forma institucional a sua modalidade predilecta. Neste contexto, um grupo de jovens, que se reunia habitualmente no chamado “Clube dos Caixões”, contagiado pelo proprietário do estabelecimento, Sr. Francisco Carvalho, juntou poupanças e encomendou, no continente, um lote de camisolas vermelhas. Entretanto, surgiu a desunião do grupo, e a desavença teve um ímpeto tal que o assunto foi levado à autoridade policial. Estava assim consumado o surgimento dos dois clubes de futebol da Praia da Vitória.

 

Uns ficaram com as originais camisolas vermelhas - daí persistir a designação de “Vermelhos” em relação ao Sport Praiense - e os outros passaram a ser “Os Brancos” por terem, posteriormente, adquirido camisolas brancas. Aliás a fundação dos nossos rivais, sob a designação de União Desportiva Praiense, ocorre alguns meses depois, já no ano de 1948. .Esta origem comum, mas tumultuosa, ajuda a explicar o excesso de rivalidade que durante mais de 50 anos caracterizou o relacionamento dos dois principais clubes de futebol da Praia da Vitória. São inúmeras as situações caricatas que envolvem distintas figuras de ambas as colectividades.

 

Grande Rivalidade

Muitos foram os sócios do Sport Praiense que nunca entraram nas instalações do União Praiense, mesmo quando lá ocorriam acontecimentos de carácter comunitário ou social, como casamentos e baptizados, porque, para bailes, cinema ou jogos desportivos, nem pensar. Mas o inverso também era verdadeiro, apesar de algum familiar mais próximo poder estar envolvido no evento. Era conhecido o facto de um distinto adepto do União Praiense e conceituado cidadão, que descia e subia todos os dias a Ladeira de São Francisco, no seu trajecto de casa para o Café, nunca olhava para a sede do Praiense. Mas havia sócios deste Clube que quando passavam na Avenida Marginal, nunca utilizavam o passeio junto à porta da sede dos Brancos. Iam sempre pelo passeio do lado do areal. O Sport Clube Praiense era fundado a 14 de Novembro de 1947, com sede provisória no rés-do-chão de um prédio da Rua Comendador José Carvalho. Parece que alguns dos jovens dissidentes do “Clube dos Caixões”, que estão na origem directa da fundação do Sport Club Praiense, acabaram por não surgirem formalmente no momento da criação da colectividade, através da Escritura Pública. Tal possibilidade até se compreende, dada a tenra idade e a inexperiência de alguns deles e a necessidade que tiveram de se rodear de pessoas mais velhas e com capacidade administrativa e financeira para concretizarem o projecto. O facto é que, mais tarde, esta situação esteve na base de algumas compreensivas “ofensas” por parte de elementos que muito trabalharam para o surgimento do Clube e depois não apareceram na “fotografia” formal da constituição da escritura. Porém, só no Diário do Governo de 11 de Julho de 1949, foi publicado o Despacho que aprova os Estatutos do Clube.

 

Os Primeiros Dirigentes

Logo depois, a 2 de Agosto, reunia a primeira Assembleia Geral, para eleição dos órgãos sociais, que ficaram com a seguinte composição: A Direcção, presidida por Diogo Meneses Ávila, integrava José Reis Rocha, João Vieira Toste, José Ribeiro Rocha, Henrique Fernandes, Nelson Ázera e Américo Silva. A Mesa da Assembleia Geral tinha como Presidente Leal Pacheco, sendo secretários Jerónimo Matos e Ivo Santos. O Conselho Fiscal, que só foi eleito no ano seguinte, era presidido por Eduardo Romão e os relatores eram Dedier Carvalho e João Sabino. Uma semana depois da eleição, a 11 de Agosto de 1949, o Presidente da Direcção solicitava à Associação de Futebol de Angra do Heroísmo a filiação do Clube, o que veio a ser logo aprovado no dia 17 de Agosto, estreando – se assim a primeira equipa de futebol do SCP logo na época de 1949/50. É bom ter presente que a Associação de Futebol de Angra já havia sido fundada, bastante antes, em 1921. O Sport Clube Lusitânia surgiu em 1922, o Sport Club Angrense em 1929 e o S C Marítimo, do Corpo Santo, um pouco depois, em 1938. Logo depois da fundação dos dois Clubes da Praia da Vitória é que surgiram, na Freguesia do Porto Judeu, o Sport Clube Barreiro, em 1951, e Sporting Clube “Os Leões” em 1952. De seguida, em 1953, surge a primeira colectividade desportiva sedeada numa Freguesia Rural do Concelho da Praia da Vitória, o Sport Club Vilanovense, que, diga-se a propósito, forneceu muitos dos atletas mais emblemáticos do Sport Praiense, como foi o caso do Picanço, uma lenda do futebol Terceirense, do Liberto Lopes, do Mendonça e do Serafim, entre outros. O Picanço, que foi um atleta de eleição, jogava em qualquer posição, fascinava pelas suas qualidades futebolísticas e pelas inúmeras histórias que circulavam a seu respeito ao longo da sua longa carreira. Para concluir esta referência às coletividades mais antigas do Concelho da Praia, há que mencionar a criação, nas Lajes, em 1958, da Juventude Desportiva Lajense e dos Unidos, esta última com uma curta vida desportiva. Voltemos ao Praiense. Os seus primeiros anos de vida não foram fáceis. O Clube teve que concorrer com o Lusitânia e o Angrense, que levavam mais vinte e cinco anos de experiência organizativa e competitiva.

 

Primeiro Troféu Oficial

Após seis anos de jejum, em 1955/56, o Sport Praiense vence a sua primeira prova oficial, como Campeão Distrital de Reservas. No jogo decisivo derrotou o Lusitânia por 2-1. Em homenagem aos vencedores do primeiro Troféu oficial, registe-se a equipa: Velosa; Franklim, Teófilo e Fontinhas; Octávio e Narciso; Humberto, António Moniz, Oliveira, Teixeira e Fernando. Integravam ainda o plantel, entre outros, Madeira, Isidro, Saul e Edmundo. Nessa final, a nossa equipa tinha pouco de “reservas”, já que os craques estavam todos em campo e, no Lusitânia, a situação seria a mesmo, pois estava em jogo um título. Naquele período a equipa Praiense era composta essencialmente por elementos das famílias dos Lagoas e dos Teófilos, além de Militares da Base, e claro, do António Moniz. Aliás, ao longo de décadas os militares portugueses da Base constituíram uma excelente fonte de recrutamento de craques para o futebol Terceirense, preferencialmente para as equipas da Praia. O Praiense tomou o gosto aos troféus, e, logo a seguir, em 1957/58, vence o Torneio de Preparação, primeira Taça na categoria de honra, como então era chamada a equipa principal. Mas só em 1962/63, após treze anos de actividade, é que se dá o grande marco histórico com a conquista do Campeonato Distrital de Futebol, apesar de, já antes, por várias vezes, ter ficado à beira de se sagrar Campeão, mas, por falhas próprias ou culpa alheia não o havia conseguido.

 

Campeões Açorianos

Quatro anos depois, em 1966/67 volta a conquistar o Campeonato, tal como no ano seguinte, 67/68, altura em que também se sagra 1º Campeão dos Açores, no Torneio realizado na Ilha do Faial. O regresso dos Campeões Açorianos à Praia da Vitória, foi algo de grandioso e inesquecível, com uma recepção muito emotiva da multidão que se aglomerada no Largo da Luz. Com a presença de todas as autoridades e forças vivas locais, os heróis desceram a Rua de Jesus num cortejo inolvidável. Só a visita de um Presidente da República, na época, teria trazido tanta gente para a rua a festejar. Da equipa que derrotou, no último jogo, o União Micaelense por 4-0, com três golos de Eduardo Barcelos e um de Seminário, por comparação com a equipa que 12 anos antes havia ganho a primeira Taça, já só tinha dois velhotes: o Teixeira e o Fernando Lagoa. Eis os novos campeões, que alinharam no último jogo: Luís Lagoa; Jaime Teófilo, Natalino, José Joaquim e Jorge Coelho; Jorge Alberto Barcelos e Fernando Lagoa; Teixeira, Eduardo Barcelos, Liberto Lopes e Seminário. O Valentim, que veio a formar a terrível dupla histórica com o Eduardo, nessa altura estava, lá longe, a cumprir o serviço militar. Assim, durante a década de 60, o Praiense assume a liderança do futebol Terceirense e Açoriano, em conjunto com o Lusitânia, atingindo uma hegemonia absoluta no princípio da década de 70, quando durante três anos venceu oito provas da Associação de Futebol de Angra. Ao mesmo tempo, venceu todas as provas a nível açoriano, no triénio de 1970, 1971 e 1972, o que lhe valeu a denominação de Bi - Campeão e de Tri - Campeão Açoriano. Foi o período de Ouro do Sport Clube Praiense.

 

Sociedade de Então

Nessa altura, o futebol dominava a vida social e comunitária, não havia televisão e a rádio ainda era muito limitada. Do Benfica e do Sporting conhecíamos apenas os cromos das cadernetas e uns relatos ruidosos. A excepção foi quando as Águias vieram jogar com o Angrense para a Taça de Portugal, ou quando os jovens passavam por Lisboa a caminho da guerra ou para lá estudarem. Adeptos do Porto existiam apenas uns excêntricos. Nesse tempo, Domingo a que não se fosse a uma Missa e a um Jogo de Futebol, não era domingo não era nada. Era o tempo das grandes enchentes dos Municipais de Angra e Praia, com a presença de milhares de adeptos. Para além do Angrense e do União, Praiense e Lusitânia eram os dois Clubes que mobilizavam mais adeptos, mesmo debaixo de chuva. Era impressionante.O Praiense, além dos sócios da Praia da Vitória, mobilizava muitos adeptos nas Freguesias vizinhas com predominância nas Fontinhas, Cabo da Praia, Porto Martins e Fonte do Bastardo. Por seu turno, o Lusitânia, além de maioritário em Angra, com predominância na elite local, tinha uma expressão muito forte na Ribeirinha e seguidores em quase toda a Ilha. Para os jogos decisivos, os Clubes organizavam excursões em Camionetas destinadas aos adeptos com menos recursos ou que não conseguiam boleia nos carros dos amigos, onde muitos tinham uma espécie de permanente, para as diversas deslocações. Outra nota interessante era o facto de muitas famílias planearem as suas deslocações domingueiras. Enquanto os maridos iam ao futebol com os filhos, as senhoras e as filhas iam ver montras, em Angra ou na Praia, animando, sobremaneira, ambos os centros. Após os jogos, o mar de gente que saía do Municipal da Praia e subia pela Avenida, Rua da Alfândega, Praça e Rua de Jesus era notável.

 

Rivalidade com o Lusitânia

Mas a rivalidade existente originava frequentes excessos. Muitas vezes os Praiense tiveram de sair do Municipal de Angra pelas Rua Nova ou Quatro Cantos, já que em casa de vitória importante era impossível atravessar o Alto das Covas em direcção à Rua da Sé, sem risco de danos físicos ou a certeza de danos na viatura. Mas o inverso também acontecia. Quando os Lusitanistas ganhavam na Praia, de forma mais polémica, a alternativa segura para os angrenses era sair pela Rua de Baixo ou pela Estrada Militar. Subir a Rua de Jesus era demasiado arriscado, nomeadamente em frente ao Café Terezinha. Eram outros tempos, com outros problemas, outras preocupações e outras prioridades. De entre os vários Cafés da Praia, o Terezinha sempre esteve associado ao Sport Praiense, desde logo pela proximidade física da sede, pelo facto também da maioria dos clientes serem simpatizantes e ainda pelo clubismo dos seus proprietários, nomeadamente o Senhor Cipriano e o seu filho, também com o mesmo nome Voltando ao futebol, a partir de meados dos anos sessenta a dimensão do Sport Praiense já não era a nível Concelhio, mas sim a nível da Ilha Terceira e dos Açores. A rivalidade agora era essencialmente com o Lusitânia Daí que, naturalmente, os nossos adversários da Praia, estrategicamente, se tenham aliado desportivamente ao nosso grande rival de Angra. Também fazendo jus ao ditado de que “inimigo do meu inimigo meu amigo é”, o relacionamento histórico entre Praiense e Angrense, apesar das disputas directas, foi sempre mais cordial e estrategicamente conivente. Estas “Santas Alianças” entre, por um lado, União e Lusitânia, e, por outro, Praiense e Angrense, eram bem visíveis em muitos episódios do futebol Terceirense da época.

 

Outras Modalidades

Entretanto, o Praiense não foi apenas um Clube de Futebol. Outras modalidades desportivas fizeram parte do seu historial, nomeadamente o Basquetebol, onde averbou três títulos de Campeão Distrital, que ajudaram a aquecer as célebres noites de verão da sua Esplanada. Voleibol, Futebol de Salão e Andebol foram modalidades praticadas. Natação, Ciclismo e Atletismo também proporcionaram troféus ao Clube. O jogo da Sueca teve larga tradição na velhinha sede. Curiosamente, na atualidade, o Salão de Festas do Clube continua a receber provas de Sueca. Mas na óptica das diferentes modalidades, novas coletividades foram surgindo no Concelho e na Ilha numa perspetiva de descentralização territorial e de especialização, pelo que naturalmente o Clube foi perdendo espaço nesse domínio.

 

Crises

Como é natural nas grandes coletividades, a vida do Praiense também passou por momentos de dificuldade. Por exemplo, no verão de 1979, alguns sócios notaram que a velha sede não apresentava sinais de movimento e a porta estava mal fechada. Decidiram entrar e constataram um cenário de guerra: a luz cortada, o telefone desligada, equipamentos desportivos pelo chão, o tecto falso do salão em queda e as fichas dos sócios e fotografias dos atletas espalhados pelo sobrado. Restavam os valiosos troféus enegrecidos pela água das “beiras” do tecto e as emboloradas fotografias dos históricos dirigentes. Tocou a rebate e, em poucas semanas, um grupo de sócios recuperou as instalações, saldou as dívidas, promoveu eleições e pôs de pé o SCP, com a dignidade requerida para enfrentar mais uma época desportiva. Anos mais tarde, já a disputar os campeonatos nacionais, enfrentou uma profunda, complexa e duradoura crise financeira, que acabou por ultrapassar com uma grande envolvência dos associados e dos apoios institucionais entretanto criados. De entre tantos que já se entregaram às tarefas de reanimação do Clube, não podemos ignorar o nome do Professor José Tomás da Cunha. Mas são estes momentos difíceis, que fortalecem um corpo social tão rico e enraizado como o Sport Clube Praiense.

 

Fases do Clube

De forma simplificada, pode-se pois dizer que a história do Praiense está dividida em dois grandes períodos de tempo, cada um deles correspondentes a vivências bem distintas. A primeira fase da vida do Clube diz respeito aos 38 anos iniciais, que vão da fundação, em 1947, até à inauguração da sua atual Sede própria, em 1984, e posterior ingresso na III Divisão Nacional de Futebol, em 1985. Estas quatro décadas iniciais incluem a fase do Praiense dos primeiros anos, da velhinha sede arrendada, da compra e posterior construção da Esplanada e da sua afirmação como Clube baluarte do Concelho, depois dominante ao nível da Ilha Terceira e por último referência no panorama futebolístico dos Açores. Por seu turno, nestas últimas três décadas, a que corresponde a segunda fase da vida do Clube diz respeito ao período da afirmação do Praiense no âmbito do futebol nacional, com uma participação ininterrupta nos Campeonatos Organizados pela Federação Portuguesa, desde 1985. Esta circunstância de quase metade da vida desportiva do Sport Praiense ter sido passada ao nível do Futebol Nacional, nos escalões não profissionais, constitui um especto fundamental do seu historial, um feito impensável para a maioria dos seus sócios e jamais imaginado pelos seus Fundadores. Neste período, com a sua participação na primeira prova do Campeonato Nacional Sénior, na época de 2013/14, com cinco participações no Campeonato Nacional da 2ª Divisão, e as restantes no Campeonato Nacional da 3ª Divisão, o Praiense conquistou em 2008 e em 2013 os seus Títulos mais representativos, como Campeão Nacional da III Divisão. Até 1985, os embates com equipas continentais, ocorriam apenas no quadro da Taça de Portugal, o que para o Sport Praiense aconteceu muitas vezes em representação dos Açores.

 

Função Social

Mas o Clube também tem exercido uma importante função social, de acordo com a própria evolução dos hábitos e as características da sociedade que serve. Quem não se lembra dos Bailes de Verão da Esplanada, repletos de Juventude, com a animação dos Sombras e dos Bárbaras, numa altura em que também os Brancos e a Filarmónica organizavam concorridos Bailes, tal a dinâmica da sociedade da Praia de então. Por outro lado, a sede do Clube sempre esteve ao serviço da Comunidade, para eventos públicos e convívios sociais.

 

Dirigentes Carismáticos

Dar vida a uma colectividade com este historial, numa comunidade com reduzida dimensão populacional e económica, só foi possível pela qualidade e dedicação dos seus quadros dirigentes. Nunca é fácil enveredar por distinções, numa coletividade com mais de seis décadas de vida, mas em matéria de dirigismo é justo fazer uma menção especial a três deles. Mário Xavier Baptista, durante 17 anos, de 1953 a 1970, integrou todas as Direcções do Clube e exerceu as funções de Presidente da Direção por oito vezes. Mário Baptista assumiu-se ainda como um dos grandes beneméritos do Praiense. Um exemplo para todos. Na esfera do Departamento de Futebol, jamais o historial do Praiense poderá olvidar o nome do Victor Galvão. É um caso raro de dedicação. Será um dos dirigentes mais experientes do futebol açoriano. A sua capacidade interventiva e determinante influência, permitiram ao Clube a consolidação de muitas vitórias desportivas e administrativas. Uma terceira referência é para um humilde servidor do Clube, que também durante décadas lhe deu o seu maior esforço e dedicação. Trata-se do Belmiro Madeira, Roupeiro do Praiense, em todos os escalões. Não há palavras que descrevam o amor que o Belmiro sempre deu ao seu glorioso Praiense. No campo dos Órgãos Sociais importa citar algumas referências do passado deste Clube, que serviram em cargos que não exigem presença assídua, mas emprestam prestígio e, não raras vezes, acarretam responsabilidades. Quando tudo corre bem, ninguém dá por eles, mas nos momentos mais delicados entram em acção e é fundamental que o façam bem. São a retaguarda do Clube. Desde logo, no cargo de Presidente da Assembleia Geral, o Dr. Aníbal Coelho de Simas exerceu as funções durante 22 anos, cerca de um terço da vida do Clube, e ainda Presidiu a duas Direcções. O Senhor João Machado Vieira Toste, (João Félix), pertenceu a 16 Direções, sendo duas vezes seu Presidente. Integrou ainda durante 10 anos a Mesa da Assembleia Geral. Figura incontornável do Sport Praiense..Outros nomes de referência da retaguarda do Clube nas suas primeiras décadas de vida foram: Cândido Mendonça, com 22 presenças, sobretudo no Conselho Fiscal; João Sabino Monteiro, com 19 Presenças nos Órgãos Sociais e Ivo Mendes Santos, felizmente ainda entre nós, por 15 vezes, integrou as listas, com predominância na Mesa da Assembleia Geral. Estas são algumas das referências da nossa memória, entre muitas outras. O passado mais recente, o presente e o futuro ditarão muitas outras, igualmente relevantes.

 

Novos Desafios

A actual realidade associativa, porém, está envolta num quadro Institucional e social, não menos complexo do que aquele que rodeou a fundação do Clube. Estamos a passar por um tempo de profunda crise, com uma dimensão financeira que debilita os entes públicos e faz regredir as famílias e as empresas para patamares de grandes restrições. Cada vez mais vamos ser, colectiva e individualmente, o que podemos e não o que queremos ou sonhamos, como ainda acontecia recentemente. A atual Direção do Sport Praiense, recheada de jovens qualificados e empenhados, sob a Presidência do Dr. Tiago Ormonde, parece empenhada, nesta participação na 1ª Edição do Campeonato Nacional de Seniores, em garantir expressão a uma nova e promissora fase da vida do Praiense, para dar continuidade a este rico historial, que é património da Praia, da Terceira e dos Açores. Que a Comunidade saiba retribuir ao Sport Clube Praiense tudo o que este já fez por ela.

 

 

14 de Novembro de 2012

Extrato da palestra proferida por Alvarino M M Pinheiro nas comemorações do 65º Aniversário do Clube, a 14/11/2012

9 de Fevereiro de 2015

Diário Insular

Jose Martins 

Meu pai na fila do meio no meio de Eduardo padeiro e Cipriano

Jose Martins 

Ainda tenho a camisola do meu pai

José Reis Rocha

 A notícia que foi publicada não está correcta na parte em que diz que o Praiense nasceu daquela equipe. O Praiense nasceu mais de vinte anos depois e sem a colaboração de qualquer membro daquela equipe, até que um dos grandes impulssionadores, Francico da Carlota, nem áquela equipe pertencia. Sobre o Picanço, ele não veio do Vilanovense, porque simplesmente a Vila Nova só mais tarde é que teve Clube. Quem o descobriu para o Praiense foi o Alberto São Mateus que tinha estado em Angola com ele e nos primeiros tempos ía de carroça á Agualva, onde ele residia, e trazia para jogar no SCP antes da sua Filiação na A.F.A.H.

Rogério Ribeiro  

Jamais o Santa Cruz foi o clube que deu origem ao SC Praiense e para quem conhece alguns dos jogadores ali presentes, vê logo que nunca foram dos vermelhos, o Joaquim Amaro, o Eduardo Quilhabras e o Serafim Meneses, entre aqueles que conhece, eram brancos «ferrenhos». E separam 20 anos entre o Santa Cruz (1927) e SC Praiense (1947). Um dos jogadores desse tempo era do Rasga - 11 de Agosto, foi o 1.º sócio do Praiense, Francisco Leal Pacheco (Chico da Carlota). É pena de não se reconhecer a origem, pois ainda está vivo o 1.º Presidente nomeado dos rapazes que fundaram e deram vida aos SCP, o Sr. Evaristo Silva (Mogango) e a esposa e filhos do João Monteiro (Branco) e do Francisco Carvalho (Barbeiro). E a prova evidente, foi que as famosas camisolas que mandaram vir, continuaram a vigorar com a Direção eleita, ( José Inácio Borges) só não foram homolgadas pela Associação por já haver uma equipe com aquele equipamento o SC Angrense mais velho fundado em 1922. Há sócios que foram filhos de «fundadores» do clube e que sempre houviram os pais contar o inicio e as peripécias da fundação do Praiense.

Rogério Ribeiro

Julgo que já foi esclarecido aqui, pelo Cap. Reis a situação do Picanço, que não veio do Vilanovense para o Praiense, mas sim ao contrário. Pois ele foi atleta do Praiense em 1949/1950 do qual foi atleta vários anos e o SC Vilanovense só foi fundado em 1953.

Jose Martins

 Cipriano Correia Picanco jogou pelo Lusitania quando na tropa num quartel nas Fontinhas.Foi irradiado por ter assinado pelo Sporting da Horta enquanto jogador do Lusitania

Jose Martins

 Apelou ao governador civil e teve que pagar uma multa de 50 escudos.Foi entao que veio para o SCP onde jogou por 4 epocas.No seu primeiro jogo pelo SCP marcou dois golos ao Lusitania.Foi entao para o Vilanovense once jogou ate a idade de 48 anos.terminou a sua carreira em 1971.Nasceu na Matriz da Horta a 11 de Janeiro de 1923 e faleceu em Novembro de 2014 com 91 anos de idade 

Rogério Ribeiro 

Jose Duarte, outro que tinha o equipamento completo, era o Serafim, que está de boina em frente ao teu pai José Martins. Sei disso por o filho Honorato já falecido me disse aquando trabalhamos juntos na Câmara

Jose Martins

E certo, ja pensei em oferecer esta camisola a Camara da Praia, tendo ja falado com o presidentePois nao tenho filhos e aqui na America ela nao representa nada So nao gostava que depois que a atirem para o lixo

Rogério Ribeiro 

Seria uma atitude digna de um verdadeiro praiense, para os mais novos verem e apreciar aquilo que foi e é nosso.

Evolução do emblema do Praiense

Fundado em 14-11-1947

 

 

 

 

 

 

atual

Evolução do emblema do S.C. Praiense

(em tamanho grande)

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